Importado da África há 100 anos para alimentar rebanhos e gado em períodos de estiagem. Resistente à seca e capaz de se desenvolver mesmo em solos pobres, o capim-elefante foi usado durante décadas por pecuaristas em regiões inóspitas do país. O capim-elefante é forte candidato a principal combustível das termoelétricas movido a biomassa, leva vantagem não só sobre a cana como sobre o eucalipto. A gramínea cresce mais que seus concorrentes (chega a 6 metros de altura), pode ser cultivada em áreas degradadas, não requer adubo e sobretudo produz mais energia. Com a mesma quantidade de capim-elefante, obtêm-se 84% mais eletricidade do que a cana e 37% mais do que com o eucalipto. A conversão de capim-elefante em energia não polui, mesmo o gás carbônico (CO2) emitido durante a queima dessa biomassa é menor do que o consumido pela gramínea durante o seu crescimento. A idéia saiu do computador do pesquisador Paulo Puterman, que é formado na USP.
Paulo Puterman, o pesquisador que descobriu como transformar mato em dinheiro |
Autor: Emanoel Coelho Benevides Junior
Fonte: VARGAS, A. A força do capim-elefante. Revista Veja, ed. 2177, p. 112 a 116, 11 de agosto de 2010.
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